terça-feira, 18 de maio de 2010

José Serra indica aval para aliança com Cid Gomes no Ceará

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, indicou nesta terça-feira que avaliza uma possível aliança de seu partido e do DEM com o governador Cid Gomes (PSB) no Ceará. Disse ele: "Aqui o pessoal toca e me diz o que é necessário fazer e eu faço. O que o PSDB e o DEM estabelecerem que é a trajetória, eu vou topar e vou junto com eles". Serra afirmou que não "mete o bico" nos Estados: "Eu não meto muito o bico nos Estados, não. Só se me pedem ajuda. Nem em São Paulo faço isso. Às vezes o pessoal de lá vem me falar que precisa resolver isso e aquilo. Mas como eu estou com a cabeça no conjunto do Brasil atrapalha você se meter numa realidade local que você não conhece direito. E aí se for interferir certamente pode não melhorar. Por isso aqui no Ceará me fio no trabalho que nossos aliados venham a fazer. Tanto do PSDB, comandados pelo Tasso Jereissatti, tanto do DEM, comandados pelo Chiquinho Feitosa". Sobre o vice em sua chapa, Serra se esquivou de falar: "O meu candidato a vice vai ser aquele que o meu partido e os outros partidos escolherem. Não estou dando muita volta nisso. Quem mais tem ansiedade é a imprensa, que sempre pergunta. Qualquer coisa que eu fale daria confusão. Então eu não dou palpite". Serra destacou que a saúde precisa ser reforçada, inclusive na área de consultas: "Nós começamos fazer em São Paulo e deu certo. A saúde precisa ganhar o ritmo que teve no passado". A outra questão essencial, segundo ele, é a da segurança, que "inquieta o Brasil em todas suas partes": "Em alguns lugares está pior, em outros está melhor. Mas tudo mundo se sente inseguro. Para isso, o governo federal tem de jogar como corresponsável e não deixar por conta apenas dos Estados. Tem de ajudar os Estados que trabalham e corrigir aqueles que não estão trabalhando direito na área da segurança". Ele destacou também projetos para desenvolvimento: "Aqui no Ceará se fala muito da Siderurgia e da Refinaria. Não vieram para cá. Ficou só no papel e é uma coisa que nós vamos tirar do papel. Essa ferrovia transnordestina que também se falou muito, mas só no último se começou, mas é uma coisa muito pequenininha. Nesse ritmo demoraria décadas. Eu calculo como investimentos". Ele citou ainda a transposição do rio São Francisco: "Começou a ser feita na Bahia, mas no Ceará ainda não aconteceu. Nós vamos tocar tudo que tiver no meio, tudo que tiver no começo. A pior coisa para o nosso País é obra inacabada. Botou dinheiro e não tem nenhum retorno econômico ou social".

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