domingo, 30 de maio de 2010

Justiça argentina ordena operação policial na casa de diretora do "Clarín"

A Justiça argentina determinou na sexta-feira que a polícia entrasse na casa da diretora do grupo de mídia "Clarín", Ernestina Herrera de Noble, com o objetivo de obter material genético necessário para exames de DNA de seus filhos adotivos, Marcela e Felipe. Os dois são protagonistas de uma ação judicial iniciada em 2001, na qual entidades de direitos humanos sustentam que ambos foram raptados pelo regime militar instaurado em 1976 e, depois, entregues ilegalmente a Ernestina. Durante uma audiência na manhã de sexta-feira, Marcela e Felipe haviam se recusado a fornecer amostras de sangue para comparar com o Banco Nacional de Dados Genéticos, que reúne o DNA de todas as famílias que procuram crianças raptadas durante a ditadura. Pouco depois, a polícia foi até a casa de Ernestina, onde os dois estavam, e levou as roupas que vestiam naquele momento. Para um canal de TV que pertence ao grupo Clarín, os dois disseram que estão sendo expostos pela juíza e que tiveram a "paz roubada". Marcela e Felipe já haviam fornecido amostras de sangue em dezembro, mas só permitiram que o DNA fosse comparado com o de duas famílias que procuram filhos desaparecidos, e não com o Banco Nacional de Dados Genéticos. O conflito judicial em torno dos filhos adotivos de Ernestina são parte da guerra declarada travada entre o grupo Clarín e o governo da presidente peronista populista Cristina Kirchner, uma administração muito incompetente e com objetivos totalitários.

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