quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ministério Público gaúcho adia denúncia de novas pessoas no processo do "Caso Eliseu"

Alegando não terem recebido ainda o processo sobre o suposto esquema de corrupção dentro da Secretaria Municipal de Porto Alegre que tramitava no fórum do Sarandi, bairro da zona norte da Capital, os promotores da 1ª Vara do Júri de Porto Alegre decidiram adiar a inclusão de novos nomes na denúncia sobre a morte do secretário da Saúde da prefeitura da capital gaúcho, médico Eliseu Santos, ocorrida no dia 26 de fevereiro. "Precisamos analisar os detalhes do processo vindo da outra vara, que chegou sexta-feira à 1ª Vara do Júri, mas ainda não foi repassado pelo juiz substituto para nós, o que deve acontecer em breve", explicou o promotor Eugênio Amorim. Conforme ele, em virtude disso, ficou para a semana que vem o aditamento da denúncia que incluirá pelo menos dois novos nomes no Caso Eliseu pelo crime de corrupção: "Não descartamos a denúncia de mais pessoas também no crime de homicídio". Uma facção do Ministério Público estadual está querendo mostrar que trabalha, para mudar a imagem de instituição política e ligada aos políticos que se colou a promotores e procuradores, desde o governo petista de Olívio Dutra. Esses promotores e procuradores não quiseram, por exemplo, investigar as fraudes cometidas no Detran, que resultaram na Operação Rodin da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e do Ministério Público Especial Junto ao Tribunal de Contas. Esses promotores e procuradores ligados a políticos também não quiseram investigar o deputado estadual Alceu Moreira (PMDB), ex-presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, na denúncia encaminhada pela CPI dos Combustíveis. E tem muita coisa mais que promotores e procuradores deixam de investigar. Por exemplo: deixam de investigar os monumentais crimes ambientais que estão sendo realizados na área de lixo industrial no Estado. Promotor é amigo de chefe de quadrilha que contrata pistoleiro para matar adversário político. E fica tudo por isso mesmo. Agora, o promotor Engênio Amorim parece que passa o dia vigiando as emissoras de rádio do Rio Grande do Sul para dar respostas imediatas a policiais civis que investigaram ou ainda investigam fatos ligados à morte do médico Eliseu Santos. E atribui a esses deputados uma ligação com o mundo político, sugerindo explícitamente que isso condicionaria as investigações que eles realizam. Os gaúchos estão mal servidos....

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