terça-feira, 11 de maio de 2010

Reservas internacionais do Brasil chegam a US$ 250 bilhões

Impulsionadas pelas compras de dólares realizadas pelo Banco Central, as reservas internacionais do Brasil atingiram nesta terça-feira o patamar recorde de US$ 250 bilhões. O valor é quase 25% superior ao registrado há um ano. Apesar de funcionar como um seguro contra crise, o custo benefício desse mecanismo começa a ser questionado pelos economistas. Principalmente em um momento em que a taxa de juros no Brasil volta a se distanciar da remuneração desses recursos no mercado internacional. A política de compra de reservas começou em 2004, mas ganhou força a partir de 2007. No começo do governo Lula, o País tinha menos de U$ 40 bilhões em caixa. Há três anos, ultrapassou os US$ 100 bilhões. Na crise desencadeada em setembro de 2008, o primeiro grande teste dessa política de acumulação de moeda estrangeira, o País gastou pouco mais de US$ 30 bilhões para irrigar o mercado de câmbio. Metade desse dinheiro foi emprestada em operações que nem afetaram o nível das reservas. Como todo seguro, a acumulação de dólares também tem um custo. Ao comprar moeda estrangeira, o Banco Central injeta reais na economia. Para tirar esse excesso de dinheiro do mercado, precisa vender títulos públicos atrelados à taxa básica de juros, o que aumenta a participação da Selic na dívida. Como a remuneração da maior parte do dinheiro se dá a uma taxa próxima de 2% ao ano, o País arca com os custos desse diferencial. Além disso, nos últimos anos, o dólar tem se desvalorizado frente ao real. Na época da crise, o Banco Central afirmou que as turbulências mostraram que era necessário dar continuidade à política de acumulação de reservas. Para alguns economistas, no entanto, esse nível já é suficiente dar tranquilidade ao país mesmo em momentos de crise.

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