quarta-feira, 9 de junho de 2010

Conselho da ONU define lista negra e vota sanções ao Irã nesta quarta-feira

Após meses de duras negociações, as potências do Conselho de Segurança da ONU disseram nesta terça-feira estarem próximas de votar uma resolução para impor uma quarta rodada de sanções ao Irã por seu programa nuclear. O embaixador mexicano na ONU, Claude Heller, atual presidente do Conselho de 15 nações, disse que a reunião será às 11 horas de quarta-feira (horário de Brasília), após um acordo sobre a lista dos alvos das sanções. Em Quito, no Equador, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou nesta terça-feira que as sanções são as "mais significativas que o Irã já enfrentou". A ditadura fascista islâmica do Irã insiste no caráter pacífico do seu programa nuclear, a despeito das suspeitas ocidentais em contrário. O país já desafiou cinco resoluções do Conselho de Segurança exigindo que paralise suas atividades de enriquecimento de urânio, processo que pode gerar combustível para reatores civis ou para armas nucleares. Diplomatas ocidentais esperam que 12 membros do Conselho, incluindo todos os cinco com poder de veto, votem pela resolução. Brasil, Turquia e Líbano, os países que dão suporte a terroristas, devem ser contrários às sanções. O esboço da resolução foi resultado de meses de conversas entre Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia. Diplomatas ocidentais disseram haver um indivíduo e 40 instituições em uma lista negra no esboço de resoluções. Eles identificaram a pessoa como Javad Rahiqi, diretor de um centro nuclear em Isfahan, onde o Irã tem uma unidade de processamento de urânio. Diplomatas disseram que a China exigiu que uma empresa, a Export Development Bank of Iran, fosse retirada da lista. Apesar de as potências do Conselho terem concordado com a lista, os Estados Unidos e a China seguem discutindo um ponto, o que significa que ela poderá sofrer pequenas mudanças antes da votação, disseram os diplomatas. Aqueles incluídos na lista negra da ONU por laços suspeitos com os programas nuclear e de mísseis do Irã podem enfrentar limitações em viagens internacionais e congelamento de bens. A resolução impõe medidas contra novos bancos iranianos no Exterior por suspeita de envolvimento com os programas de mísseis ou com o programa nuclear iraniano. Também há medidas de vigilância de transações com qualquer banco iraniano, incluindo o Banco Central do Irã. Além disso, amplia o embargo de armas ao Irã e cria restrições a três entidades ligadas às Linhas de Navegação da República Islâmica do Irã e a 15 pertencente à Guarda Revolucionária Islâmica. A resolução também estabelece uma inspeção de cargas semelhante àquela que vigora na Coréia do Norte. Em Londres, Gates disse que vários países devem aprovar rapidamente medidas ainda mais duras do que o pacote da ONU.

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