sexta-feira, 4 de junho de 2010

Dissidente cubano completa 100 dias de greve de fome

O dissidente cubano Guillermo Fariñas completou nesta quinta-feira a marca de 100 dias em greve de fome. Segundo ele, os presos políticos estão sendo usados como "peças de xadrez" pelo ditadura da dinastia comunista de Raúl Castro, o sucessor do com(andante) Fidel Castro. O psicólogo e jornalista, de 48 anos, conversou com a Agência Efe na tarde desta quinta-feira. No dia 24 de fevereiro ele começou um jejum para reivindicar a libertação dos opositores presos doentes. Fariñas chegou aos 100 dias de protesto em um momento de expectativa sobre os resultados da mediação da igreja católica cubana junto ao governo em prol dos presos políticos. E se mostrou disposto a interromper a greve caso os presos mais doentes (cerca de dez, segundo seus cálculos) sejam libertados. O primeiro fruto do diálogo aberto entre igreja e a ditadura foi a transferência nesta semana de seis detentos políticos a prisões de suas províncias de residência. "O governo cubano está usando os presos como peças de xadrez. É preciso ver realmente o que está acontecendo", disse Fariñas. O estado de saúde do dissidente é considerado "grave estável" pelos médicos, embora ele tenha tido algumas complicações geradas por infecções produzidas pelo próprio cateter que o alimenta. Fariñas começou sua greve depois da morte do opositor preso Orlando Zapata Tamayo, em Havana, em decorrência de greve de fome.

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