segunda-feira, 14 de junho de 2010

Estados Unidos revelam existência de reserva mineral estimada em R$ 1,8 trilhão no Afeganistão

As reservas minerais inexploradas descobertas pelos Esstados Unidos no Afeganistão podem valer mais de US$ 1 trilhão (R$ 1,8 trilhão), disse o Pentágono nesta segunda-feira. A descoberta pode alterar a economia do país e contribuir com os esforços dos Estados Unidos para fortalecer o governo afegão. O coronel David Lapan, porta-voz do Pentágono, disse que uma força-tarefa encarregada de estudar os recursos do país descobriu jazidas significativas de cobre, ferro, ouro, mercúrio, enxofre, cromo, talco-magnesita e carbonato de potássio, além da presença de fluorita, berílio e lítio, entre outros. "É certamente uma boa notícia em potencial, especialmente para o Afeganistão", disse Lapan. "Se pudermos assistir os afegãos no desenvolvimento desses recursos, isso certamente tem potencial para agregar muito à economia deles". Mas especialistas alertam que superar os desafios na exploração desses recursos é algo que pode levar décadas. O país tem pouca infraestrutura, está imerso em uma guerra violenta e tem autoridades totalmente corruptas. A riqueza mineral está espalhada por todo o país, inclusive no sul e no leste, regiões onde a presença da guerrilha Taleban é mais intensa. A força-tarefa que avaliou os recursos minerais afegãos foi composta por membros do Pentágono, do Departamento de Estado e do Departamento de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos, em conjunto com funcionários do ministério afegão das Minas. O trabalho foi parte de um esforço mais amplo para identificar o potencial econômico do Iraque e do Afeganistão, e ajudar os respectivos governos a atrair investimentos para desenvolver seus recursos. Lapan disse que esse trabalho é parte da "estratégia de contrainsurgência": "Esse é o braço econômico do qual falamos, mas que recebe pouquíssima atenção". A análise sobre o Afeganistão abordou todos os setores, dos recursos minerais à produção agrícola e à fabricação de tapetes e outros itens. A força tarefa de avaliação econômica existe desde 2006, inicialmente com mais foco no Iraque. Duas firmas chinesas já decidiram investir US$ 4 bilhões (R$ 7,2 bilhões) na enorme mina de cobre de Aynak, maior investimento civil já feito no país.

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