quinta-feira, 24 de junho de 2010

Investigação da Internacional Socialista decreta que a Venezuela vive uma "democradura"

Uma missão da Internacional Socialista, que visitou a Venezuela em janeiro passado, criticou a existência nesse país de "instrumentos temíves de um mecanismo autoritário novo” e que constituem “uma democradura (um governo de origem democrático com um exercício real autoritário)”. A missão, chefiada pelo seu secretário-geral, Luis Ayala, e composta por membros da Grécia, República Dominicana, França, Espanha e Argentina, disse que em seus encontros com membros de diversos setores escutou “de maneira recorrente” expressões como "rotina autoritária", “criminalização do protesto", "insegurança e impunidade", e "terror e corrupção". O Conselho Geral da Internacional Socialista reuniu-se em Nova York e, entre outros assuntos, ouviu o relato de seus delegados na Venezuela. Na sua declaração, a missão da Internacional Socialista disse que "se as atividades da sociedade civil e da oposição política não são proibidas categoricamente, elas estão controladas e limitadas, especialmente devido a um tipo de autocensura que se instalou sob a ameaça permanente de ataques verbais do ditador venezuelano Hugo Chávez e outros, que escapam do seu controle direto. Referindo-se à economia, a Internacional Socialista disse que "uma gestão centralizada e muitas vezes ineficiente, produziu efeitos desastrosos com graves repercussões sociais, particularmente para os mais pobres". Na gestão global do país, a falta de consulta e a prevalência de uma lógica de confronto em vários setores da sociedade são lamentáveis", agrega a nota. "Violência, ameaça, intimidação, insegurança, instabilidade das leis e procedimentos, constituem o quadro da sociedade atualmente", afirmaram os socialistas, cuja missão levou sua solidariedade "com a esquerda política e social da Venezuela".

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