quarta-feira, 9 de junho de 2010

Lula adia decisão de demitir cúpula dos Correios para garantir PMDB na aliança

O medo de prejudicar a aliança com o PMDB e a campanha da petista Dilma Rousseff fez o presidente Lula adiar a decisão de demitir o presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, e parte da diretoria da estatal apadrinhada por peemedebistas de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Custódio é protegido do senador Hélio Costa (PMDB), ex-ministro das Comunicações e candidato da base aliada ao governo de Minas Gerais, e do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Assim como Custódio, foram bancados pelo PMDB, agora do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, os diretores Marco Antonio Marques de Oliveira (Operações), Décio Braga de Oliveira (Econômico-Financeira) e Pedro Magalhães Bifano (Gestão de Pessoas). Como o PMDB indicará o vice na chapa de Dilma, Lula avalia se vale a pena arrumar uma confusão com o partido neste momento, especialmente com Costa. O ex-ministro conseguiu a duras penas o apoio da cúpula do PT à sua candidatura ao governo de Minas Gerais, mas ainda não tem a certeza de que o partido local vai engajar-se em sua campanha. Na Presidência, a informação é de que a briga dos quatro apadrinhados do PMDB com outros três diretores, defendidos pelo PT, está inviabilizando os Correios do ponto de vista de gerência e confiabilidade. Foram identificados problemas até na entrega de correspondência pelo Sedex. Os três diretores defendidos pelo PT são Roberto dos Santos Souza (Administração), Ronaldo Takahashi de Araújo (Comercial) e José Osvaldo Fontoura de Carvalho (Tecnologia).

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