sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ministério Público quer que Roriz devolva R$ 13 milhões por superfaturar compra de hospital

O Ministério Público do Distrito Federal quer que o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) devolva R$ 13 milhões aos cofres públicos e fique inelegível até 2018 por suspeita de superfaturamento na compra de um hospital. O núcleo de combate às organizações criminosas do Ministério Público acusa Roriz de superfaturar em R$ 3,3 milhões o valor do hospital, localizado na periferia de Brasília. Candidato ao governo em outubro, o Ministério Público quer também que Roriz perca qualquer cargo público que tiver à época da decisão da Justiça. Segundo a denúncia, a compra foi feita sem licitação e não foram justificados o preço e a dispensa da concorrência. Na ação, Roriz é acusado de improbidade administrativa e, como pena, o Ministério Público quer que devolva o dinheiro superfaturado e pague o dobro como multa, totalizando R$ 13,2 milhões em valores atualizados. No documento, o núcleo de combate às organizações criminosas afirma que Roriz "dilapidou" o patrimônio público e causou "enormes prejuízos de forma dolosa", ou seja, de propósito. "A conduta foi praticada de forma dolosa, que implicou na malversação de dinheiro público destinado à saúde, setor tão carente de recursos", diz a ação. "O ex-governador praticou ato de improbidade que causou prejuízo, pois a omissão na justificativa do preço ensejou a dilapidação do erário", afirmam os promotores.

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