quinta-feira, 17 de junho de 2010

Policiais enchem petista Vaccarezza de desaforo na Câmara dos Deputados na votação da PEC 300

O líder do governo na Câmara, o deputado federal petista Cândido Vaccarezza (PT-SP), foi cercado na tarde desta quarta-feira por um grupo de manifestantes policiais que pressionavam os deputados pela votação da PEC 300, a emenda constitucional que fixa, na Constituição Federal, um piso nacional provisório para policiais civis, policiais militares e bombeiros, de R$ 3,5 mil para soldados e R$ 7 mil para oficiais. Exaltados, os manifestantes agrediram verbalmente o líder petista Vaccarezza, que foi retirado do local por seguranças da Câmara em meio a um empurra-empurra no apertado corredor que leva até a liderança. Vaccarezza estava se dirigindo para liderança do governo na Câmara e os manifestantes o cercaram, cobrando dele a promessa de votação da PEC no dia 15 de junho. O petista tentou conversar e explicar que a decisão de incluir ou não um projeto na pauta é do presidente da Câmara, e que Michel Temer (PMDB-SP) estava viajando. Os manifestantes, então, se exaltaram e começaram a gritar, a colocar o dedo no rosto de Vaccarezza e a xingar o líder. "Sem palavra!!!! Tu não tem palavra, palhaço!!! Canalha!!!!", gritavam os manifestantes. Um dos manifestantes mostrou uma gravação em que Vaccarezza afirma que tentaria votar, no dia 15, a PEC 300, dentro do acordo de não manter o valor nominal do piso na Constituição. Além de fixar o piso, a proposta de emenda constitucional diz que a União bancará as despesas quando os Estados não puderem arcar. As negociações feitas por Vaccarezza caminharam no sentido de retirar o valor nominal do piso da Constituição Federal, com a fixação do valor em lei complementar a ser enviada pelo governo. Mas parte dos representantes da categoria resiste à ideia de retirar o valor nominal do piso da Constituição Federal. Há semanas, policiais vêm ocupando as galerias do plenário para pressionar pela votação, iniciada em plenário em março deste ano. Restam a votação de destaques e da emenda em segundo turno, antes de seguir ao Senado.

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