terça-feira, 20 de julho de 2010

Caixa Econômica Federal diz que recursos para casa própria serão insuficientes em três anos

Os sucessivos recordes do crédito habitacional estão levando a Caixa Econômica Federal a começar a procurar fontes alternativas de financiamento, além dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e da poupança. "Temos mais uns três anos para conseguir equacionar essa questão", disse Jorge Hereda, vice-presidente de Governo do banco, ao anunciar o crescimento de 95% nos empréstimos no primeiro semestre nesta segunda-feira. Por lei, os bancos são obrigados a destinar 65% dos depósitos em poupança para o crédito habitacional, mas há o temor de que o crescimento da caderneta não acompanhe o dos empréstimos nesse setor. O montante (R$ 34,1 bilhões) contabilizado nos primeiros seis meses de 2010 já ultrapassou o valor registrado em todo o ano de 2008 (R$ 23,3 bilhões), levando à preocupação com o crescimento sustentável. Até dezembro, a Caixa deve fazer a emissão do primeiro pacote de securitização de sua carteira de crédito, que chegou a R$ 81,7 bilhões em junho. A estimativa inicial de R$ 500 milhões para o CRI (Certificado de Recebível Imobiliário), "para testar o mercado" neste ano, nas palavras de Hereda, está sendo reavaliada.

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