segunda-feira, 5 de julho de 2010

Delegada pediu à Justiça proteção para ex do goleiro Bruno

A delegada da Polícia Civil que registrou em outubro a queixa de agressão de Eliza Samúdio contra o goleiro Bruno Fernandes, do Flamengo, pediu na época à Justiça medidas de proteção para a ex-namorada do jogador. Elas estão previstas na Lei Maria da Penha, que coíbe a violência contra as mulheres. Oito meses depois, nenhuma medida havia sido tomada. Eliza desapareceu no início de junho. Segundo a polícia, Bruno é o principal suspeito de envolvimento no sumiço da ex-namorada. Então responsável pela Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, Maria Aparecida Mallet disse ter encaminhado pedido para que Bruno fosse obrigado judicialmente a ficar afastado de Eliza, que estava grávida. A ex-namorada relatou a Mallet ter sido agredida e forçada a tomar um medicamento abortivo para não ter o filho, que seria do goleiro. Dez dias após a queixa, a delegada foi transferida da Deam e deixou o caso. No período em que cuidou do caso, diz ter tentado ouvir Bruno por duas vezes, mas ele não compareceu à delegacia. O pedido de medidas protetivas foi encaminhado à 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro em outubro. Em novembro, foi remetido ao Ministério Público. A última movimentação foi em fevereiro. O promotor de Justiça do caso, Alexandre Murilo Graça, disse não saber se a Justiça determinou proteção. "Sinceramente, não sei porque ainda não li. Acho que não tem nenhuma medida deferida ali. Não vou ler isso agora", afirmou. Ele disse ter solicitado que o pedido de medida protetiva fosse juntado ao inquérito com a queixa de Eliza. Segundo a Polícia Civil, a Justiça não determinou nenhuma medida protetiva.

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