quinta-feira, 15 de julho de 2010

Dissidente cubano quer desculpas de Lula

Um dos dissidentes cubanos libertados esta semana e degredado para a Espanha quer que o presidente Lula se desculpe pelas declarações que fez comparando os presos políticos de Cuba a detentos comuns do Rio de Janeiro e de São Paulo. Professor e jornalista, Pablo Pacheco, de 40 anos, passou mais de sete anos preso sob acusação de fazer "propaganda inimiga" ao criticar o regime ditatorial dos irmãos facínoras Castro. "Luiz Inácio Lula da Silva era, é um homem que admiro muito. Ele cometeu um erro ao nos comparar com os prisioneiros comuns que vivem em São Paulo ou Rio de Janeiro. O crime que cometemos foi amar Cuba acima de tudo. Se dissesse que sua declaração não me decepcionou, seria um grande mentiroso", disse ele. "Talvez Lula possa se desculpar conosco um dia, porque não temos nada a ver com os presos comuns de São Paulo ou Rio, mesmo que eles sejam pessoas normais, que cometeram erros em suas vidas. Respeito muito Lula. Mas espero que se desculpe conosco, porque não foi consequente, não foi cortês". Afirmando que se sente, agora, "o homem mais feliz na Terra", por voltar a conviver com a mulher e o filho de 11 anos, o degredado cubano disse que não se sente à vontade para comemorar enquanto seus "irmãos" continuarem na prisão: "Todo o meu corpo, o meu ser, o meu pensamento está em Cuba".

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