segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ditadura cubana prepara embarque de 20 presos políticos para a Espanha

Vinte dissidentes cubanos que fazem parte de um grupo de 52 a serem soltos pelo governo chegarão à Espanha a partir desta terça-feira na condição de refugiados políticos. O regime comunista cubano anunciou na semana passada, como parte de um histórico acordo com a Igreja Católica, que irá soltar a maioria dos 75 dissidentes condenados em 2003 a penas de 6 a 28 anos de prisão. Os Estados Unidos e a União Européia elogiaram a iniciativa. A vagabunda da diplomacia luliana ficou quieta. Nem poderia ser diferente. Afinal, Lula chamou de vagabundo o dissidente cubano Guilhermo Fariñas, que conseguiu estas libertações por meio de uma greve de fome. Agora, a vagabunda da diplomacia bolivariana de Lula nem se mexeu para oferecer refúgio aos presos políticos que irão para a Espanha. Nem poderiam, porque a especialidade dos petistas, como Tarso Genro, é entregar boxeador cubano que pede refúgio para a sanha assassina dos irmãos genocidas Fidel e Raul Castro. “O primeiro grupo de libertados chegará ao longo desta terça-feira à Espanha”, disse nesta segunda-feira um porta-voz do ministério espanhol de Relações Exteriores. Desde sábado, a ditadura cubana começou a concentrar em uma instituição militar de Havana parentes dos presos políticos que viajarão com eles à Espanha. Os presos propriamente ditos foram agrupados na clínica da prisão Combinado Leste, também na capital, onde passaram por exames médicos e receberam documentos para viajar. “Todos já temos documentação para viajar. Um oficial da segurança do Estado me disse por telefone que não saísse de casa, que vinham me apanhar a qualquer momento”, afirmou por telefone Irene Vieira, mulher do preso político Julio César Gálvez. A Arquidiocese de Havana informou inicialmente que 17 presos viajariam para a Espanha com suas famílias. Posteriormente, elevou a cifra a 20. As Damas de Branco, grupo de mães e esposas de presos políticos, disse que não deixará de realizar suas manifestações pacíficas até que todos sejam libertados. “Enquanto houver um só preso, continuaremos caminhando”, disse no domingo Laura Pollán, líder das Damas de Branco, antes de iniciar sua passeata semanal segurando flores brancas.

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