segunda-feira, 26 de julho de 2010

Fogaça oferece janta aos vereadores de Porto Alegre para tentar mobilizar sua campanha

O candidato do PMDB ao governo do Estado, José Fogaça, teve uma iniciativa singular na noite desta segunda-feira: ele ofereceu um jantar para os vereadores do PMDB e do PDT na Câmara Municipal de Porto Alegre, em uma tentativa para mobilizar a "militância" da capital gaúcha. Na verdade, ele jantou com pouco mais de uma dezena de vereadores, e vários deles sequer são candidatos e não estão em campanha. Mesmo os que estão em campanha, no PMDB, excluindo o vereador Idenir Cecchin, são pobres de voto. Chefes peemedebistas acreditam que a baixa adesão de militantes está relacionada à falta de crescimento de Fogaça nas pesquisas de opinião. Na verdade, estão mascarando a realidade. A inércia da chamada base peemedebista na capital gaúcha tem dois fatores preponderantes: 1) político - os militantes estão desmoralizados pelo PMDB apoiar a candidata petista Dilma Rousseff (não dá para explicar que o partido apóia Dilma e não está com o petista Tarso Genro também); 2) econômico - durante quatro anos, políticos do PMDB recolheram dinheiro de várias fontes, sempre declarando que era para a campanha, mas até agora não desovaram seus recursos, e todos eles sabem que campanha só paga, de outro jeito não vai. Para Fogaça, há outra explicação: "As campanhas têm etapas e precisam de uma gradualidade. Tudo está ocorrendo conforme havíamos planejado em abril". Mas, o tesoureiro da campanha, ex-guerrilheiro João Carlos Bona Garcia, ex-secretário geral do partido, ex-militante do PTB (com ficha assinada e emprego na Assembléia Legislativa, para garantir aposentadoria) e juiz aposentado do Tribunal Militar do Rio Grande do Sul, é mais exigente e mais explícito: "É preciso um corpo a corpo mais explícito. A militância precisa trabalhar mais, em Porto Alegre e na Região Metropolitana". É de perguntar: precisa trabalhar mais por que? Por acaso o militante que trabalhar mais irá ganhar uma caminhonete importante Toyota? O certo é que, até agora, o apoio mais explícito que José Fogaça teve foi de um vereador cujo partido não está na sua coligação: Kevin Krieger, do PP. Mais do que isso: vereadores da coligação que são candidatos escondem em seu material de campanha o nome do candidato ao governo do Estado. É bom que Fogaça comece a procurar em sua própria legenda. Seja como for, o candidato José Fogaça terminou a noite reunindo mais motivos para preocupação. Afinal, o jantar com os vereadores da coligação, realizado na sede do Diretório Municipal do PMDB, na Avenida João Pessoa, mesmo com a presença do senador Pedro Simon, de José Fogaça, e do prefeito José Fortunatti, não contou com a presença sequer da metade dos vereadores dos dois partidos. Péssimo sinal....

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