quinta-feira, 22 de julho de 2010

Líbano vai à ONU contra Israel por espionagem

O Líbano anunciou nesta quarta-feira que levará à ONU acusações de espionagem por parte de Israel, depois da detenção de dois funcionários de uma empresa de telecomunicações que foram acusados de passar informações sigilosas ao Estado israelense. No último mês, dois funcionários da estatal Alfa foram detidos e outros dois homens foram sentenciados à morte, todos os quatro condenados ou suspeitos de espionarem para Israel. Uma investigação mais ampla levou à prisão de mais de 50 pessoas desde abril do ano passado. Falando após uma reunião do gabinete, o ministro da Informação, Tareq Mitri, disse que a coalizão de governo decidiu por unanimidade 'levar um relatório detalhado do caso aos agentes do Conselho de Segurança. O Líbano é um Estado não Estado, onde uma organização terrorista, o Hizbollah, controla parte do território nacional. E cada vez mais o país se inclina para o islamismo terrorista e nazista. Uma corte militar libanesa também sentenciou à morte um homem que havia sido acusado de transmitir a Israel informações sigilosas sobre o grupo militante Hizbollah, em 2008. Hassan Ahmed al Hussein teria delatado os nomes, endereços e detalhes das casas de membros do Hizbollah na aldeia de Qantara, no sul do Líbano, além de prestar informações sobre outros alvos. Na semana passada, outro tribunal havia condenado à morte o réu Ali Mantash, que teria transmitido a Israel informações usadas na guerra de 34 dias contra o Hezbollah, em 2006. Ao todo três pessoas foram sentenciadas à morte. Israel não comentou. O Líbano, que está formalmente em guerra com Israel, descreve essas prisões como um duro golpe contra as ações da inteligência israelense em seu território, e diz que vários dos suspeitos haviam ajudado Israel a identificar alvos atacados na guerra de 2006.

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