quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mais quatro presos políticos cubanos chegarão a Madri nesta quarta-feira

O ministro de Relações Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, afirmou que mais quatro presos políticos cubanos devem chegar nesta quarta-feira no país. Na manhã desta terça-feira, sete ex-prisioneiros, acompanhados de seus familiares, chegaram à capital espanhola em busca de liberdade e asilo. O acordo, fechado entre Havana e a Igreja Católica e Espanha, inclui ainda a libertação de mais 41 prisioneiros em um prazo máximo de quatro meses. O ministro não revelou a identidade dos novos presos e nem o horário em que devem chegar ao país. Eles devem viajar, contudo, na tarde desta terça-feira da capital cubana, Havana, em um vôo comum. Todos os trâmites de libertação estão sendo feitos de maneira sigilosa, com a confirmação dos nomes apenas após a chegada dos dissidentes e segredo sobre o destino deles. O primeiro grupo de sete prisioneiros políticos chegou em dois vôos separados na manhã desta terça-feira a Madri, na Espanha. Os seis primeiros prisioneiros libertados são Lester Gonzalez, Omar Ruiz, Antonio Villarreal, Julio Cesar Galvez, Jose Luis Garcia Paneque e Pablo Pacheco. Eles chegaram às 12h49 (7h49 em Brasília), em um vôo Havana-Madri da Air Europa, que aterrissou no aeroporto de Barajas. O sétimo, Ricardo Gonzalez Alfonso, chegou aproximadamente às 13h (9h em Brasília) em um vôo da Iberia. O Arcebispado de Havana afirmou nesta segunda-feira que 20 dissidentes presos aceitaram ir para Espanha, ao anunciar mais três novas libertações que devem acontecer "em breve". Desde quinta-feira passada, 17 nomes tinham sido confirmados. Segundo parentes e dissidentes, o próprio cardeal Jaime Ortega, máxima autoridade católica da ilha, entrou em contato por telefone com presos para consultar sobre a ida ou não à Espanha. A Igreja afirma ainda que outros 13 ativistas opositores e dissidentes presos serão libertados em breve. Não ficou claro se os demais presos que forem soltos poderão ficar em Cuba ou serão forçados a ir para outro país. A dúvida agora é sobre o que acontecerá com os que decidirem continuar em Cuba. Segundo afirmaram no domingo passado as Damas de Branco (grupo que reúne parentes dos dissidentes), seis dos até agora consultados disseram querer continuar na ilha. Durante o fim de semana, os presos que devem deixar o país em breve foram agrupados numa prisão de Havana, onde passaram por exames médicos e tiveram a documentação preparada para viajar. Eles receberam roupas das autoridades cubanas e outros itens de uso pessoal que possam ser úteis.

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