segunda-feira, 5 de julho de 2010

Negociação foi dura e tensa, diz Abílio Diniz sobre acordo

A negociação do novo acordo entre Casas Bahia e Pão de Açúcar foi "longa, dura, e, muitas vezes, tensa", afirmou na sexta-feira o presidente do Conselho de Administração do Pão de Açúcar, Abilio Diniz. Ele negou, porém, que tenha havido hostilidade entre os executivos ao longo do processo que culminou na fusão das operações de varejo de eletroeletrônicos das duas empresas. "A negociação foi desgastante, mas eu gostaria de elogiar a postura dos executivos que nunca que perderam a tranquilidade e souberam administrar seu emocional", disse ele em teleconferência com analistas. O novo acordo começou a ser desenhado depois que a família Klein se mostrou insatisfeita por ter vendido o controle do negócio, acreditando que ele tenha sido subavaliado. A fusão foi anunciada em dezembro de 2009. Sob os novos termos, o Pão de Açúcar fará um aporte adicional de R$ 689,8 milhões na Globex (Ponto Frio), que formará, junto com os ativos operacionais das Casas Bahia, e 25% da frabricante de móveis Bartira-- a nova companhia. Além disso, o Pão de Açúcar pagará, pelos próximos três anos, R$ 140 milhões anuais, às Casas Bahia pelo aluguel de suas lojas e centros de distribuição, já que os imóveis permanecem como propriedade da família Klein. A partir do quarto ano, o valor correspondente à locação das lojas (cerca de 50%), será acrescido de um percentual a ser definido das vendas brutas. A compra do controle da Casas Bahia transformou o Pão de Açúcar na quinta maior empresa do País, com R$ 40,2 bilhões de faturamento. Os grupos se tornaram sócios de uma nova holding, que é dona da Globex, rede de bens duráveis que era subsidiária integral do Grupo Pão de Açúcar.

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