sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pentágono pede ajuda a FBI para investigar vazamento de dados ao WikiLeaks

O FBI ajudará o Pentágono a descobrir o responsável pelo vazamento de milhares de documentos secretos sobre a guerra do Afeganistão publicados no último fim de semana no site WikiLeaks. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, informou nesta quinta-feira que falou pessoalmente com o diretor do FBI, Robert Müller, para pedir colaboração na investigação aberta pelo Pentágono. "É importante contar com todos os recursos disponíveis para investigar e resolver esta brecha em nosso sistema de segurança", disse Gates. O secretário assinalou também que seu Departamento aplicou medidas para evitar que volte a se repetir um vazamento como esse, devido às consequências que pode ter para os soldados que combatem no país centro-asiático. Entre as medidas adotadas, Gates assinalou novos procedimentos para distribuir e acessar informações confidenciais. Segundo ele, será feito um esforço para "fortalecer os canais de segurança e fornecer a nossos soldados a segurança que necessitam no campo de batalha". Segundo explicações do ex-promotor Joseph Di Genova, a investigação pode incluir a vistoria de e-mails, cartas e ligações privadas tanto de pessoal civil como militar do Pentágono, assim como dos soldados mobilizados no Afeganistão. O site Wikileaks voltou à mídia internacional neste fim de semana ao divulgar mais de 91 mil documentos secretos com detalhes da guerra do Afeganistão que os Estados Unidos preferiam manter dentro das paredes do Pentágono. Entre as informações que vieram a público ontem está a existência de um destacamento militar especial para capturar ou matar insurgentes sem direito a julgamento. Em um dos maiores vazamentos da história militar americana, os arquivos, que vão de janeiro 2004 a dezembro de 2009, mostram ainda que o Taleban está mais forte do que no início do conflito, em 2001, e que centenas de mortes de civis deixaram de ser relatadas oficialmente. Os documentos foram vazados pelo site Wikileaks, uma espécie de Wikipedia de documentos vazados. O site disponibilizou os documentos primeiramente aos jornais britânico Guardian, o alemão Der Spiegel e o norte-americano The New York Times. A idéia do site é divulgar material o mais amplamente possível com completo anonimato das fontes, que fazem uploads anônimos e protegidos.

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