segunda-feira, 12 de julho de 2010

Quanto menos candidatos, melhor para os donos dos partidos, seus parlamentares

O advogado gaúcho Carlos Dirnei Fogaça Maidana, especialista em sistema eleitoral e partidos políticos no Rio Grande do Sul, fez um levantamento sobre o número de partidos e candidatos registrados no Estado para as eleições de outubro e chegou a uma conclusão: o sistema faliu, ninguém mais quer concorrer, porque os partidos políticos e os detentores de mandatos sufocam toda e qualquer nova pretensão de liderança política. Ele concluiu que, para os donos dos partidos e dos mandatos, atualmente, o melhor mesmo é uma situação com um mínimo de candidatos. Conforme seus números, levando os números da última eleição, seria possível inscrever para concorrer a deputado estadual, sem coligação, um total de 2.158 candidatos, mas somente 500 candidatos (portanto, apenas 23% das vagas existentes possíveis) foram registrados. E mais, dos 7.750.583 eleitores aptos no Rio Grande do Sul, 1.644.478 eleitores (21,21%) não votaram em qualquer candidato na última eleição. Conforme Carlos Dirnei Fogaça Maidana, esses números representam a certidão de óbito dos partidos políticos no Rio Grande do Sul.

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