segunda-feira, 12 de julho de 2010

Yeda Crusius consegue ampliar aprovação para seu governo e avança nas eleições

A grande surpresa da pesquisa Ibope divulgada pela RBS no sábado, para as eleições no Rio Grande do Sul, foi a melhora acentuada da percepção do desempenho administrativo da goveradora do Estado, Yeda Crusius (PSDB). Ela saltou de 11% para 15% (18% ou 12%, pela margem de erro da pesquisa, que foi apresentada como sendo de 3 pontos) e conseguiu aprovação para o seu governo, já que obteve nota 5. Yeda Crusius está se beneficiando da maior visibilidade das suas ações de governo e do sucesso das alianças eleitorais que acertou, como também buscou votos em cima do eleitorado de Fogaça e do trabalhista Luís Lara, que renunciou à candidatura, desde que o senador Sérgio Zambiasi resolveu enterrar as pretensões do PTB gaúcho. Conforme Videversus havia alertado, a pesquisa Ibope encomendada pelo grupo de comunicação RBS ouviu um universo de eleitores extremamente pobre, apenas 812 pessoas. Com esse universo restrito, sua margem de erro deveria ser maior, por volta de 5%. Considerando-se essa hipótese, ela já estaria se aproximando de José Fogaça (PMDB). Tarso Genro lidera folgadamente e cresceu muito depois que Beto Albuquerque transferiu-lhe quase todos os seus votos, mas o candidato do PT parece ter extrapolado do seu teto. O caso mais problemático é o de José Fogaça, que recuou em relação aos pontos que já tinha capturado. O candidato do PMDB, contudo, possui baixíssimo índice de rejeição, o que quer dizer que poderá avançar sobre o eleitorado sem receio de ser repelido, até pelo contrário. A pesquisa apontou os seguintes resultados para a eleição no Rio Grande do Sul: Tarso Genro, 39%; José Fogaça, 29%; Yeda Crusius, 15%. Se esses valores se mantiverem, o peremptório petista Tarso Genro já pode se dar por derrotado na eleição de outubro. Já para a Presidência da República o resultado apurado é o seguinte: José Serra (PSDB), 47%; Dilma Rousseff (PT), 37%; Marina Silva (PV), 6%. Examinando a hipótese de uma margem de erro mais alta, no caso da eleição para o Rio Grande do Sul, José Fogaça também poderia estar bem mais próximo de Tarso Genro, quase em um empate técnico. Há outro aspecto dessa pesquisa que precisa ser examinado com todo cuidado e que tem a ver com o local, bairros e horários, onde os questionários foram aplicados. Se isso ocorreu majoritariamente em cidades comandadas por administrações petistas, a pesquisa teria sido distorcida. O Grupo RBS, nos últimos três anos, tem sido amplamente hostil à governadora Yeda Crusius e amplamente e notóriamente favorável ao candidato petista, o
peremptório Tarso Genro.

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