quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Aécio Neves rebate Hélio Costa e diz repudiar oportunismo político como meio de ascensão

Em nota divulgada nesta quarta-feira, o candidato do PSDB mineiro ao Senado Federal, Aécio Neves, rebateu as declarações do peemedebista Hélio Costa, candidato ao governo de Minas Gerais, de que o tucano poderia ter sido o candidato do presidente Lula ao Planalto se tivesse deixado o PSDB e se filiado ao PMDB ou a outro partido. "Este é mais um equívoco do senador Hélio Costa. Coragem na vida pública é honrar compromissos assumidos com a população. É priorizar a coerência e a lealdade às próprias convicções e princípios. Por isso sempre repudiei com veemência o oportunismo político como meio de ascensão política", disse Aécio Neves. O fato é que Hélio Costa tornou explícito o joguinho no qual Aécio Neves se meteu nos últimos dois anos, e também ajuda a entender a razão pela qual José Serra agora patina com sua candidatura em Minas Gerais. Assim como Aécio Neves patinará em São Paulo em 2014. Aécio Neves acrescentou críticas a Helio Costa: "Tenho dificuldade em compreender como o senador não se constrange em caminhar de braços dados com quem já o atacou de forma tão violenta, como é o caso da CUT e do PT, que, num passado pouco distante, talvez até de forma injusta, chegou a pedir a impugnação da candidatura dele ao governo do Estado. Na vida pública, cada um faz as suas escolhas e tem a sua trajetória própria. E por elas será julgado". É impressionante o esforço que Aécio Neves faz para se parecer a um grande estadista, imitando seu avô, Tancredo Neves. Na verdade, não consegue passar da caricatura. Hélio Costa soltou sua cizânia em uma sabatina nesta quarta-feira, no jornal Folha de S. Paulo. Ele disse que faltou coragem e despreendimento para Aécio Neves, e acrescentou: "Nós todos em Minas achávamos que ele seria candidato a presidente da República. Eu cheguei a dizer, lá atrás, que se ele tomasse uma decisão ele seria o candidato do presidente Lula. Faltou um pouco de desprendimento político, para não dizer coragem". Conforme Hélio Costa, a possibilidade de Aécio Neves suceder Lula apareceu após a queda do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
"Houve um vácuo, depois das quedas do José Dirceu e do Palocci. Se ele tivesse se manifestado lá atrás, quem sabe até pela relação de intimidade que tinha com o presidente..." Segundo Costa, a avaliação que se fazia, então, era de que, se Aécio ficasse no PSDB, não derrotaria o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB): "Quem conversava em São Paulo com políticos e empresários não via a possibilidade de o Aécio emplacar a sua candidatura dentro do PSDB com o Serra". O candidato peemedebista contou também que procurou Aécio para dizer que abdicaria de sua candidatura ao governo de Minas, caso o então governador mineiro saísse candidato a presidente da República. Hélio Costa, naturalmente, faz parte dessa legião de políticos não petistas incapazes de compreender a natureza do PT. Ou seja, jamais Lula e o PT deixariam de ter um candidato, tanto que agora Lula está transformando um poste quase em um presidente da República. E se emocionado com as atitudes do PT: "Estou emocionado com o empenho dos companheiros do PT. Em Minas, política se faz mais com conversas, é mais demorada, a gente tem que tomar um cafezinho para debater o assunto". Pura bobagem, se ele se eleger governador de Minas Gerais, descobrirá rapidamente que um governador nada significa para o presidente da República, especialmente se este é petista.

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