quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ex-dirigentes da Perdigão são denunciados por sonegação de quase R$ 700 milhões

A Polícia Federal de Santa Catarina cumpriu mandados de apreensão de bens em residências e empresas de três ex-dirigentes do antigo Grupo Perdigão. Eles foram denunciados por crimes de sonegação fiscal que somam quase R$ 700 milhões, ocorridos no início dos anos 90. O sequestro judicial do patrimônio de Flávio Brandalise, Saul Brandalise Jr. e Ivan Orestes foi decretado pela Justiça Federal. O pedido havia sido feito pelo Ministério Público Federal em ação cautelar com o objetivo de garantir o ressarcimento da União em caso de condenação dos crimes fiscais. Os mandados de sequestro para apreensão, depósito e avaliação de bens móveis foram cumpridos, segundo a Justiça Federal, em Videira, Joaçaba, Florianópolis e Curitiba. A Justiça determinou ainda a indisponibilidade de bens dos empresários. A medida atinge 20 pessoas e seis empresas. Foram apreendidos e indisponibilizados todos os bens imóveis, móveis, valores e ações, participações em pessoas jurídicas e outros direitos. Segundo a Procuradoria da República, os três empresários teriam montado um esquema que envolveu cerca de 30 empresas controladoras do então Grupo Perdigão, que passou a se chamar Brasil Foods depois da fusão com a Sadia. Elas seriam constituídas pelos denunciados, por seus familiares e por "laranjas". Conforme a denúncia, as holdings foram usadas para sonegação fiscal, desvio de patrimônio e dos rendimentos do grupo e ocultação dos nomes dos acusados como mandantes do esquema.

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