segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Governo dos Estados Unidos apela para que site Wikileaks tire videos e documentos

O governo dos Estados Unidos reiterou seu apelo ao site Wikileakis para que interrompa o vazamento das informações. "Vocês têm porta-vozes do Taleban na região hoje dizendo que estão vasculhando esses documentos para encontrar pessoas que estejam cooperando com os americanos e com as forças internacionais. Eles estão procurando esses nomes. Eles disseram que sabem como punir essa gente", disse Robert Gibbs, porta-voz da Casa Branca. O canal britânico Channel 4 falou por telefone com um porta-voz do grupo radical islâmico, Zabihullah Mujahid, que afirmou que o Taleban vai investigar os indivíduos identificados nos documentos vazados antes de decidir o que fazer com eles. "Estamos estudando o relatório" disse ele ao canal britânico, confirmando que o grupo insurgente já tem acesso aos documentos divulgados pela internet. Mujahid disse que ficou sabendo disso por meio de reportagens na imprensa. "Sabíamos sobre os espiões e pessoas que colaboram com as tropas americanas. Vamos investigar por meio de nosso serviço secreto se as pessoas mencionadas são realmente espiões trabalhando para os Estados Unidos. Se eles forem espiões americanos, então sabemos como puni-los". O Taleban costuma executar os acusados de colaborar com o "inimigo" usando métodos como enforcamento em público, decapitação, execução e, em um incidente recente, amarrar dois traidores a explosivos antes de detoná-los em público, cita o Channel 4. Após anunciar que mais informações sobre a guerra no Afeganistão podem ser divulgadas, o site WikiLeaks recebeu um apelo da Casa Branca na sexta-feira para que interrompa o vazamento de dados secretos. Autoridades da administração do presidente Barack Obama disseram que a investigação sobre o vazamento de milhares de documentos confidenciais vai além dos militares americanos. De acordo com o porta-voz da Casa Branca Robert Gibbs a divulgação destas informações colocam em risco a segurança nacional e as vidas de informantes afegãos e membros do Exército dos Estados Unidos. Gibbs comentou ainda as potenciais ações do governo para impedir que mais dados secretos sejam vazados pelo site WikiLeaks. "Não podemos fazer nada além de implorar à pessoa que detém estes documentos confidenciais para que não os divulgue", disse.

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