quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Ministro do TSE diz que vazamento da Receita é 'golpe baixo' e 'bisbilhotice'

O ministro Maro Aurélio Mello, do Tribunal Superior Eleitoral, afirmou que a quebra de sigilo fiscal de adversários políticos é "golpe baixo", algo que, segundo ele, "não há espaço no campo eleitoral". Ele considerou "péssimo" e chamou de "bisbilhotice" o episódio da espionagem de informações sigilosas da Receita envolvendo tucanos, como do secretário geral nacional do partido, Eduardo Jorge. "É péssimo. No Estado Democrático de Direito, há de se respeitar certos valores e o valor coberto pelo sigilo é um valor maior. Não cabe a bisbilhotice", disse ele. Para Marco Aurélio, é "sintomático" que o vazamento tenha ocorrido em época eleitoral. O ministro também disse que as críticas que faziam também seriam feitas, "se os dados divulgados fossem o de rivais petistas". "Eles não precisam disso. Parecem estar em situação confortável", avaliou o ministro. Além de Eduardo Jorge, também foram impressas as declarações de Imposto de Renda do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, de Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil, e de Gregorio Marin Preciado, casado com uma prima de Serra. Os quatro eram alvos do dossiê montado pelo grupo petralha que atuou na pré-campanha de Dilma Rousseff à Presidência.

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