segunda-feira, 23 de agosto de 2010

The New York Times afirma que Venezuela tem mais mortes violentas que Iraque e México

A Venezuela registrou em 2009 a morte violenta de mais de 16 mil civis, um número que supera as registradas em países como Iraque e México, e faz com que Caracas seja a capital com o índice de assassinatos mais alto do continente americano, segundo o jornal The New York Times. O estado de insegurança em que vive a Venezuela está acima do que impera em países castigados pelo terrorismo ou a violência derivada do tráfico de drogas. Segundo o artigo, já são 118.541 homicídios no país durante a ditadura de Hugo Chávez. As mais de 16 mil mortes por violência registradas na Venezuela em 2009 quase quadruplicam as ocorridas no Iraque no mesmo ano, quando foram assassinados 4.644 civis. Desde 2007, a Venezuela registrou 43.792 homicídios, frente aos 28 mil contados no México desde 2006. Caracas registra atualmente uma média de 200 assassinatos para cada cem mil habitantes, segundo dados do Observatório Venezuelano de Violência. Em sua análise das "complexas e variadas" causas da violência na Venezuela, o artigo assinala a contração da economia, a acentuação da brecha entre pobres e ricos, os baixos salários da polícia e diz que o país vive "entre milhões de armas ilegais". Outro fator é "o próprio governo Chávez", que permitiu, de acordo com o jornal americano, que o sistema judiciário crescesse "cada vez mais politizado, com menos juízes independentes e mais alinhados com o movimento político de Chávez". Exemplo disso, segundo o Observatório Venezuelano de Violência, é que 90% dos crimes não se resolvem nunca, enquanto crescem "as causas abertas contra os críticos de Chávez, como juízes, dissidentes e executivos de meios de comunicação".

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