quarta-feira, 25 de agosto de 2010

SIP protesta contra tentativa de governo argentino de controlar papel de jornal

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) criticou nesta quarta-feira a intenção da presidente da Argentina, a populista peronista Cristina Kirchner, de enviar um projeto de lei ao Congresso para declarar de "interesse público" a produção, distribuição e comercialização do papel para jornais. A entidade qualificou a iniciativa de "medida inconstitucional" por meio da qual se pretende "controlar a mídia". Na noite de terça-feira, a presidente populista peronista Cristina Kirchner divulgou o relatório governamental "Papel Prensa: La verdad", sobre a empresa fabricante de papel na qual o Estado compartilha a propriedade com os jornais "Clarín" e "La Nación". No informe, a populista peronista Cristina Kirchner acusou os meios privados de apropriar-se da fábrica em 1976 em conivência com a ditadura militar. O presidente da SIP, Alejandro Aguirre, disse que "surpreende o fato de o governo argentino fazer as acusações tornando expressa a intenção de controlar os meios de comunicação, através da regulação da fabricação e distribuição do papel-jornal, um insumo básico da indústria de comunicação que, na Argentina, não é escasso nem apresenta um problema de abastecimento. Daí não tem porquê possuir regulações especiais". Esse é um dos problemas dos donos de empresas de comunicações na América Latina, eles se deixam surpreender pelas intenções dos bolivarianos. E, quando querem reagir, aí já é tarde.

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