terça-feira, 21 de setembro de 2010

Déficit nas contas externas é o maior desde 2002

O déficit nas transações do Brasil com o Exterior bateu novo recorde em valores nominais e alcançou o maior patamar na comparação do PIB (Produto Interno Bruto) desde o final do governo Fernando Henrique Cardoso. Segundo dados do Banco Central, o resultado ficou negativo em US$ 2,86 bilhões no mês passado, maior valor para meses de agosto da série iniciada em 1947. Para setembro, a expectativa é de um déficit de US$ 3,8 bilhões. No acumulado em 12 meses, o déficit chega a 2,32% do PIB, pior desde setembro de 2002 (2,57%). Em termos nominais, o resultado alcançou o recorde de US$ 45,8 bilhões. O Banco Central espera fechar o ano com um déficit de 2,49% do PIB ou US$ 49 bilhões. Para 2011, deve chegar a US$ 60 bilhões (2,78%). O resultado negativo vem sendo influenciado pelo aumento das importações, das remessas de lucros e dividendos e dos gastos com serviços, como transportes, aluguel de equipamentos e turismo no Exterior. "Chegaríamos a 2,78% do PIB em 2011, o que não é algo explosivo. Já tivemos valores mais elevados no passado, quando tínhamos uma carga de juros mais elevada", disse o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

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