terça-feira, 14 de setembro de 2010

Oposição pede que procuradoria investigue Erenice e familiares

A oposição protocolou nesta terça-feira duas representações na Procuradoria Geral da República com pedido para que o Ministério Público Federal investigue a ministra Erenice Guerra (Casa Civil) por tráfico de influência, formação de quadrilha e prevaricação, entre outros crimes. Uma ação é assinada pelo PSDB e PPS, enquanto outra foi protocolada pelo DEM. Na ação coordenada pelos tucanos, o PSDB e o PPS pedem que o Ministério Público estenda as investigações a familiares, assessores, servidores públicos e eventuais "laranjas" que possam ter sido usados pela ministra para viabilizar negócios nos Correios intermediados por uma empresa de consultoria de propriedade de seu filho, Israel Guerra. Os tucanos, junto com o PPS, querem descobrir as reais atividades desenvolvidas pela empresa de Israel Guerra. Os oposicionistas suspeitam que a empresa promove investigações particulares, monitoramento de sistemas de segurança e vigilância privada. Os partidos querem investigar se há prática de escutas ilegais pela empresa. "Diante de fatos tão graves, como evidenciam as notícias, é necessário que seja investigado e esclarecido se a ministra realmente utilizou-se de seu cargo para viabilizar negócios em agências e empresas públicas para beneficiar seu filho ou qualquer outra pessoa", diz o texto. Em outra ação, o líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), também pede a abertura de uma investigação para apurar se Erenice teria atuado para viabilizar negócios nos Correios. Na ação, Borhausen pede que Erenice, Israel e o ex-assessor da Casa Civil, Vinícius de Oliveira Castro, sejam responsabilizados criminalmente se ficar comprovado que houve lobby para beneficiar dentro do governo. Segundo o texto, são fortes os indícios de que a ministra, Israel e o ex-assessor que pediu demissão ontem após as denúncias teriam cometido improbidade administrativa, tráfico de influência, corrupção passiva, prevaricação (crime praticado por funcionário público contra a administração pública) e concussão (ato de exigir para si ou para outro, dinheiro ou vantagem em razão da função).

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