segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Oposição quer convocar Erenice Guerra para explicar denúncia contra filho

A oposição quer convocar a ministra chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, para explicar no Congresso as denúncias de que teria atuado para viabilizar negócios nos Correios intermediados por uma empresa de consultoria de propriedade de seu filho, Israel Guerra. DEM e PSDB também vão à Procuradoria Geral da República para pedir que o Ministério Público investigue as acusações contra Erenice Guerra. Apesar do Congresso estar em "recesso branco", funcionando apenas parcialmente até as eleições, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) protocolou nesta segunda-feira requerimento para que Erenice Guerra seja convocada a depor na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal. O pedido tem que ser aprovado pela comissão para que a ministra seja obrigada a se explicar no Congresso. Em outra frente, o PSDB e o DEM ingressaram nesta terça-feira com representações na Procuradoria Geral da República com pedidos de investigações. O líder do DEM na Câmara, deputado federal Paulo Bornhausen (SC), disse que a investigação aberta pela Comissão de Ética da Presidência para apurar o caso não terá credibilidade. "São fartos os indícios de que houve tráfico de influência e enriquecimento ilícito. É preciso uma apuração séria. Como uma investigação dessa Comissão de Ética vai ter credibilidade? Ela é a chefona do governo, enquanto estiver no cargo nada será feito", afirmou. Bornhausen criticou a postura do presidente Lula que decidiu manter Erenice Guerra no cargo em meio às acusações. "Já se passaram mais de 72 horas e até agora nada foi feito. Ela deveria ser demitida a bem do serviço público. Com essa omissão, eu tenho o direito de pensar até que ele, presidente Lula, sabia de tudo, porque as pessoas envolvidas são muito próximas a ele", disse Paulo Bornhausen.

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