quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Petrobras pretende iniciar produção em campos no golfo do México no final do ano

A Petrobras mantém para o final do ano a entrada em produção dos campos de Cascade e Chinnok, no golfo do México, mas não sabe quando poderá completar a sua campanha de perfuração de poços interrompida pela moratória decretada pelos Estados Unidos para a região após o acidente da BP. A empresa conseguiu completar a perfuração dos dois poços existentes cinco dias antes do presidente Barack Obama proibir mais perfurações no local, que permitiu a complementação dos poços, informou o gerente de projeto da Petrobras America, subsidiária norte-americana da Petrobras, Cesar Palagi. "O impacto da moratória é na campanha dos poços adicionais. Evidentemente, outros poços serão perfurados nesses campos (Cascade e Chinook), mas isso vai depender do resultado da moratória, do tempo e da nova regulamentação," disse o executivo, informando que não há um número pré-determinado de poços que ainda serão perfurados. "Vai depender do desempenho de cada um desses poços já perfurados, a gente vai gradativamente colocando mais poços para atingir a capacidade do reservatório", complementou. Palagi explicou que a estrutura de produção está preparada para oito poços, mas que pode ser dobrada para 16 poços se for necessário. "Podemos ir a 16 poços, mas esperamos que não precise disso para produzir 80 mil barris diários", disse referindo-se à meta de produção que corresponde à capacidade da plataforma flutuante (FPSO) que em breve será instalada nos dois poços já perfurados. Por ser a primeira unidade flutuante na região, não havia regulamentação para a instalação da unidade, o que foi sendo construído em negociações entre a Petrobras com autoridades norte-americanas, ao mesmo tempo em que o projeto é desenvolvido. Assim que for interligada aos poços, a FPSO BW Pioneer vai produzir a uma profundidade de 2,5 mil metros. "É a primeira vez que estamos implantando um projeto dessa complexidade fora do Brasil", disse Palagi, afirmando que outras empresas do Golfo podem também começar a utilizar FPSOs, que facilitam a retirada em casos de furacões, muito comuns no Golfo.

Nenhum comentário: