terça-feira, 5 de outubro de 2010

Argentina nega extradição e dá refúgio a acusado de matar senador no Chile

O governo do presidente chileno Sebastián Piñera convocou nesta segunda-feira o embaixador da Argentina em Santiago, Ginés González, para expressar a ele seu "mal-estar" pelo refúgio concedido ao chileno Galvarino Apablaza, acusado de planejar o assassinato de um senador em seu país de origem. "O governo chileno lamenta profundamente e não compartilha em absoluto com esta decisão", declarou o chanceler chileno, Alfredo Moreno, após reunir-se com o presidente Piñera, que também já havia criticado a postura da Comissão Nacional de Refugiados (Conare) da Argentina. Na última semana, após seis anos de espera, a Conare atendeu a solicitação de Apablaza, fundamentando sua decisão na Lei Geral de Reconhecimento e Proteção ao Refugiado. Contudo, tal posição fora anunciada semanas após a Suprema Corte de Justiça argentina ter decidido pela extradição, como solicitava o Estado chileno. Para o ministro chileno, o novo anúncio implica não reconhecer os "crimes gravíssimos que foram cometidos no Chile, considerados pela própria Suprema Corte argentina como crimes comuns". Em seu país, Apablaza é acusado de planejar a morte do parlamentar de direita Jaime Guzmán, assassinato cometido em 1991. Na época, ele liderava o grupo terrorista de esquerda Frente Patriótica Manuel Rodríguez (FPMR).

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