sexta-feira, 15 de outubro de 2010

China quer investir em transmissão de energia no Brasil

Depois do primeiro passo no setor elétrico brasileiro por meio da compra de sete concessionárias de energia, a China quer agora investir nos setores de transmissão e geração, afirmou em Pequim o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Nelson Hübner. Do lado brasileiro, o maior interesse está na importação de tecnologia chinesa em linhas de transmissão para longas distâncias, considerada de ponta. No Brasil, as linhas chegam a 600 KV (quilovolts) em corrente contínua, enquanto a China é o único país a alcançar um padrão de 1.000 KV.Essa tecnologia, explica Hübner, é a mais eficaz para cobrir distâncias de até 2.000 quilômetros. Como o Brasil, vários dos importantes centros de produção de energia chineses estão longe dos principais mercados consumidores. Assim, uma linha de transmissão chinesa consegue substituir quatro linhas mais convencionais. O potencial para uso da tecnologia chinesa está principalmente nos projetos na área amazônica, que concentra os grandes investimentos do setor. É o caso da usina Belo Monte (PA), cujo leilão para transmissão da energia deve ocorrer no próximo ano. Por outro lado, a Aneel quer impor condições, como a transferência de tecnologia, num modelo semelhante ao adotado pela China para as multinacionais no país.

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