quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Confronto entre sindicalistas e esquerdistas deixa um morto na Argentina

Líderes sindicais ferroviários e membros de um partido de esquerda se enfrentaram com violência na capital argentina nesta quarta-feira, em um confronto que deixou um jovem morto e uma mulher gravemente ferida após ter sido atingida por uma bala na cabeça. Mariano Ferreyra, de 23 anos, morreu com um disparo no tórax, informou Alberto Crescenti, diretor do Sistema de Atenção Médica de Emergência de Buenos Aires. Elsa Rodríguez, de 60 anos, foi hospitalizada e "seu estado é desesperador", disse Crescenti. Também foi reportado um terceiro ferido, que levou um tiro na perna. Ferreyra e Rodríguez militavam no esquerdista Partido Obrero (PO), que acompanhavam trabalhadores ferroviários demitidos em uma manifestação, de acordo com Marcelo Ramal, dirigente do PO. Segundo Ramal, o grupo pretendia interditar as vias ferroviárias na altura do bairro de Barracas para reclamar sua reincorporação quando foram "emboscados por pessoas da 'união Ferroviária', o sindicato de empregados ferroviários". A disputa pelo controle dos sindicatos entre os líderes de origem peronista (Partido Justicialista), aos quais pertencem a maioria dos trabalhadores, e outros de esquerda que reclamam maior liberdade sindical, estaria por trás dos incidentes. Esta história é antiga, ela está na origem da instalação da ditadura militar na Argentina, provocada pelo rebotalho das organizações terroristas, tipo Montoneros e ERP, que acabaram pagando caro por isso.

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