terça-feira, 19 de outubro de 2010

Diretor do filme "Tropa de Elite" nega ter apoiado Dilma

O cineasta José Padilha, diretor do filme "Tropa de Elite 2", negou em nota nesta terça-feira que tenha assinado manifesto de apoio à candidatura de Dilma Rousseff, conforme foi divulgado pela campanha do PT em evento da candidata com artistas e intelectuais alugados pela Petrobras e outras estatais, realizado no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro, na noite de segunda-feira. Na ocasião, o nome dele foi lido como um dos que declararam apoio à campanha petista. No manifesto, José Padilha aparece em destaque, entre os primeiros cem da lista de artistas e intelectuais alugados. Em nota divulgada no site oficial do filme "Tropa de Elite 2" , o cineasta lamentou a falta de ética e de compromisso com a verdade dos dois lados desta campanha presidencial, o que chamou de um desrespeito ao eleitor brasileiro. Leia a íntegra da nota: "Parafraseando o filósofo americano Henry David Thoreau, gostaria de esclarecer que eu não pertenço a nenhum partido, grupo político, agremiação, sindicato ou lista de apoio a candidatos, na qual eu não tenha me inscrito voluntariamente; e que ao contrário do que certos sites e tweets têm afirmado, e do que consta em lista de apoio enviada por um grupo que apóia a candidata do PT para os grandes jornais brasileiros, eu não aderi a candidato algum nesta eleição pelos motivos explícitos em 'Tropa de Elite 2'. É uma pena que a falta de crítica e de compromisso com a verdade esteja sendo a principal marca dos dois lados desta campanha presidencial. Um desrespeito ao eleitor brasileiro". O diretor só é engraçadinho porque faz uma distribuição equânime de crítica, quando só foi enganado, teve seu nome e obra usados indevidamente, por apenas um lado, o da petista Dilma. Certamente ele quis ficar bem com a patrulha intelectual que sempre existiu no Brasil, e especialmente no Rio de Janeiro, centro cultural acostumado a viver nas tetas públicas, que financiam as confortáveis e milionárias coberturas de muitos desses que se dizem intelectuais e artistas, mas que não são isso, porque a primeira condição para tal é a independência, e esses não passam de figuras de aluguel da Petrobras e outros órgãos públicos.

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