segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Em depoimento, petista Erenice contraria versão da Casa Civil e admite encontro com consultor

A ex-ministra da Casa Civil, a petista Erenice Guerra, admitiu nesta segunda-feira à Polícia Federal que se encontrou com o consultor Rubnei Quícoli, que foi procurado pelo filho dela para viabilizar um empréstimo bilionário com o BNDES. O depoimento contraria a própria versão da petista Erenice Guerra, braço direito da candidata petista Dilma Rousseff, quando era ministra da Casa Civil e que o governo Lula sustenta até hoje. Quando o fato foi denunciado, ela informou, por meio da assessoria, que houve um encontro de Quícoli apenas com um assessor dela. Para a Polícia Federal, a ex-ministra petista admitiu que participou da reunião na Casa Civil, o que corrobora a versão de Rubnei Quícoli sobre o caso. "Houve um encontro oficial, marcado pela assessoria dela. Foi uma reunião de uma hora e quinze minutos, na qual ela participou por 30 minutos. Foi uma conversa rigorosamente técnica", disse o advogado de Erenice, Mário de Oliveira Filho. A defesa afirmou que, na reunião, Erenice deu "os encaminhamentos devidos" para a proposta de Quícoli. Segundo o consultor, depois do encontro com a petista Erenice, a proposta da empresa EDRB foi encaminhada para a estatal responsável por energia solar no Nordeste. Nesse mesmo período, Quícoli afirmou que a empresa do filho da petista Erenice, Israel, passou a cobrar para viabilizar o financiamento do BNDES. O depoimento da petista durou cerca de quatro horas e Erenice respondeu a mais de cem perguntas. A seis dias da eleição, Erenice tentou duas vezes adiar o depoimento. Braço direito da presidenciável petista Dilma Rousseff, Erenice era secretária-executiva da candidata quando recebeu no Planalto empresários que negociavam contrato com a empresa de lobby dos filhos dela e de assessores da Casa Civil.

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