terça-feira, 5 de outubro de 2010

Geraldo Alckmin já prepara resgate de projetos e de seus secretários

A volta ao Palácio dos Bandeirantes com vitória no primeiro turno devolve Geraldo Alckmin à linha de frente do PSDB e poderá alçá-lo ao posto de candidato à Presidência da República, tanto em 2014 como em 2018. Pavimentar esse caminho, porém, depende ainda do resultado dos próximos quatro anos de sua administração no Estado mais rico do País. Os principais desafios de Alckmin, que assumiu o governo pela primeira vez em 2001, após a morte do governador Mário Covas, e seguiu no cargo até 2006, quando disputou o Palácio do Planalto, são combater a criminalidade, melhorar o transporte coletivo e investir fortemente em saúde e educação. Alckmin encerrou a campanha sem apresentar um programa de governo, mas deu sinais de que, para tentar solucionar os problemas do Estado, mudará algumas políticas adotadas por José Serra (PSDB) e Alberto Goldman (PSDB), seus antecessores. Na área de educação, por exemplo, Alckmin deve retomar as políticas implantadas em suas duas gestões anteriores, e modificadas depois por Serra. Um exemplo é o programa Escola da Família, criado por Alckmin. O secretário de Educação de Alckmin em seu último governo era Gabriel Chalita, hoje no PSB. Ele não deverá voltar ao cargo, mas seu adjunto na época, Paulo Alexandre Barbosa, é cotado para a pasta. Dificilmente Paulo Renato Sousa, ex-ministro da Educação, permanecerá. Na área de segurança também devem ser feitas mudanças. Antonio Ferreira Pinto, atual titular da pasta, é considerado "muito linha dura" pela equipe de Alckmin. Fala-se, inclusive, na volta de Saulo de Castro Abreu Filho, secretário da Segurança Pública sob Alckmin, na época em que o PCC, facção que comanda os presídios do Estado, cresceu e se reforçou. Também é dada como certa a volta de Jurandir Fernandes ao governo. Ele comandou a Secretaria de Transportes Metropolitanos, que será extinta para dar lugar à nova Secretaria de Desenvolvimento e Gestão Metropolitana.

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