domingo, 31 de outubro de 2010

Israel critica decisão de Unesco sobre santuários na Cisjordânia

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, criticou na sexta-feira como absurda a decisão da Unesco de não reconhecer dois santuários venerados por judeus e muçulmanos como local de interesse histórico israelense por estarem em território palestino ocupado. "A tentativa de desconectar o povo de Israel de sua herança é absurda", disse o premiê, referindo-se ao Túmulo dos Patriarcas, em Hebron, e o Túmulo de Raquel, em Belém, em Jerusalém. "Se os lugares onde estão enterrados os patriarcas e matriarcas do povo judeu há 4.000 anos não são parte da herança judaica, então o que é?", pergunta Netanyahu, em comunicado. Os dois santuários, considerados sagrados por judeus, cristãos e muçulmanos, ficam na Cisjordânia, em áreas controladas pelas forças israelenses. Os muçulmanos conhecem os dois locais como Mesquita de Ibrahim e Mesquita de Bilal bin Rabah. Na semana passada, a Unesco se recusou a reconhecê-los como parte de Israel. O órgão da ONU afirmou ainda que as mesquitas fazem parte do território palestino e qualquer tentativa de Israel de incluí-los em seu patrimônio cultural viola as leis internacionais. Netanyahu acusou ainda a Unesco de tomar a decisão por razões políticas e afirmou que "diferentemente de seus vizinhos, Israel continuará garantindo a liberdade religiosa em ambos" os locais.

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