quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Jornalista acusa coordenador de campanha de Dilma de furtar dossiê

Autor do dossiê anti-tucanos, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. disse em depoimento prestado à Polícia Federal "ter certeza" de que os documentos fiscais sigilosos de pessoas ligadas ao presidenciável José Serra (PSDB) foram copiados sem o seu consentimento pelo petista Rui Falcão, deputado estadual do PT paulista e um dos coordenadores de comunicação da campanha de Dilma Rousseff (PT). Rui Falcão foi militante do antigo POC (Partido Operário Comunista, que se originou da fusão da dissidência do antigo PCB - Partido Comunista Brasileiro - com a POLOP - Política Operário, agrupamento do qual fez parte a candidata petista Dilma Rousseff). O ex-jornalista Amaury Ribeiro Jr., empregado do bispo Edir Macedo, apoiador de Dilma, disse aos policiais que "nunca entregou o material a qualquer pessoa" e que "acredita com veemência" que os arquivos foram copiados do seu notebook no quarto do apart-hotel Meliá Brasília. Diz um trecho do depoimento à polícia: "Que (Amaury) afirma ter certeza que tal material foi copiado por Rui Falcão pois somente ele tinha a chave do citado apartamento, pois já havia residido no mesmo, tendo o declarante verificado que o nome de Rui Falcão constava na portaria do hotel como sendo o ocupante daquela unidade". Segundo o jornalista, o apart-hotel que ocupava é de propriedade de um homem identificado por ele apenas como Jorge. Ainda no depoimento, Amaury disse que Jorge é o "responsável pela administração dos gastos da casa do Lago Sul (onde funciona a coordenação de comunicação da petista) e da campanha de Dilma Rousseff". Amaury disse ainda que, durante uma conversa com um jornalista da revista Veja, que lhe teria feito uma descrição exata do dossiê que estava em seu computador pessoal, se deu conta de que os arquivos foram copiados. O depoimento do jornalista, de 11 páginas, ocorreu na última sexta-feira.

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