terça-feira, 5 de outubro de 2010

Manifesto de entidades religiosas critica Dilma por posição sobre aborto

Em meio à polêmica gerada pela posição da candidata petista, Dilma Rousseff, em relação ao aborto, uma entidade com representantes da CNBB, da Federação Espírita e de grupos evangélicos divulgou uma nota atacando declarações que chama de “oportunistas, ambíguas e eleitoreiras”. Colocada na internet na quinta-feira passada, três dias antes do primeiro turno das eleições, o texto do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida (Brasil Sem Aborto) não menciona Dilma explicitamente, mas fala em “candidatos que manifestaram publicamente, com palavras e ações, posicionamento pela descriminalização do aborto”. No site da entidade, um texto deixa claro quem é a destinatária da mensagem. “Movimento questiona posição de petista”, diz o título da nota. Um link no Twitter oficial da organização leva a um vídeo com declaração de Dilma, em 2007, favorável a mudanças na lei do aborto. Em meio à polêmica gerada na reta final do primeiro turno da campanha eleitoral, Dilma foi a público para afirmar que é contrária à descriminalização. “É estarrecedor que algo tão importante como a defesa da vida, desde a concepção, seja tratado sem a devida explicitação do posicionamento de cada candidato”, afirma o manifesto. Em menção clara à mudança da posição de Dilma, o movimento diz que “a coerência e a clareza de posicionamento, não só nesta conjuntura eleitoral, deve prevalecer junto aos eleitores". “Entendemos que os eleitores brasileiros não podem ficar à mercê dos ‘lobos vestidos com pele de cordeiro’ cuja intenção é ganhar votos para vencer as eleições e, depois de empossados, mostrar a sua verdadeira face no apoio à cultura de morte”, ataca o manifesto em seu trecho mais duro. A nota faz menção ainda ao terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH), editado no fim do ano passado, que em sua primeira versão defendia a descriminalização da prática.

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