terça-feira, 19 de outubro de 2010

Peremptório, Tarso Genro prevê "muitas resistências" em mudanças na Previdência

O governador eleito do Rio Grande do Sul, o peremptório Tarso Genro, defendeu a adoção de um pacto político-econômico no Estado para superar as históricas desigualdades regionais que impedem o desenvolvimento gaúcho. Segundo o peremptório Tarso Genro, só o fortalecimento da sociedade civil será capaz de acabar com os privilégios que emperram o desenvolvimento. Ao se referir ao déficit da Previdência estadual, o novo governador disse que o tema será tratado como prioridade em sua administração. É engraçado, o partido dele, o PT, tem sistematicamente bloqueado os avanços nesta área nas últimas décadas. Diz o peremptório: "Sobre previdência estadual, tenho uma concordância profunda com as propostas da Agenda 2020. Temos de estabelecer um piso decente para os servidores e um teto salarial, a partir do qual cada servidor pode melhorar sua aposentadoria com um sistema de previdência complementar. Espero muitas resistências a essa proposta. E a primeira delas virá do Poder Judiciário". Mas não é um estadista? Que gigantesca figura pública, não é mesmo? Peremptoriamente, depois de seu governo no Rio Grande do Sul, ele merece nada menos do que a Secretaria Geral da ONU. As peremptórias declarações foram feitas durante reunião com os integrantes da Agenda 2020 na tarde desta terça-feira no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Peremptoriamente, Tarso Genro debutou em um evento que tinha a organização da empresa Capacitá Eventos, cuja dona é Eliana Azeredo. A empresa passou a acumular contratos depois que o marido dela, o fiscal do ICMS Ibanez Cassel, um dos braços da petista Dilma Rousseff, entrou para a diretoria da estatal EPE (Empresa de Pesquisa Enérgitca). Na quinta-feira da semana passada, o presidente Lula cancelou no último momento sua ida a Chapecó para inauguração de uma usina hidrelétrica porque a festa era organizada pela Capacitá Eventos. Tarso Genro, peremptóriamente, já não vê impedimentos para sua presença em ato organizado pela Capacitá, nem imagina que isso possa trazer prejuízo eleitoral para sua candidata Dilma. As previsões de resistências na Assembléia Legislativa ao projeto de reforma da previdência pública gaúcha feitos peremptoriamente por Tarso Genro são uma bravata para valorizar o trabalho que ele terá, ou seja, nenhum, porque a pelegada sindical corporativa estará de bico fechado por um lado e as bancadas partidárias na Assembléia Legislativa estarão plenamente submissas ao seu governo. Afinal, a classe política aprendeu o que a polícia política do petismo pode fazer.

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