terça-feira, 5 de outubro de 2010

Sobrinha de Lugo diz que ele corria risco de morte quando viajou ao Brasil

A vida do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, esteve em perigo antes da viagem de emergência que fez no último sábado para se tratar no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, admitiu nesta segunda-feira a sobrinha do presidente. "O rosto dele estava todo vermelho e inchado. Não saía uma palavra. Não conseguia falar", contou Mirtha Maidana Lugo. Ela admitiu que os principais auxiliares políticos de Lugo tentaram obrigar a família a ocultar o estado de saúde do presidente "para dissimular que tudo estava bem". Os inchaços do rosto e do pescoço, assim como a vermelhidão do rosto, foram provocados por uma obstrução do cateter aberto que foi implantado no peito do presidente, na altura do coração, informou o médico de Lugo, Alfredo Boccia. "A vida do chefe de Estado esteve em perigo porque ela poderia sofrer uma hemorragia interna com a obstrução do cateter", explicou. O cateter é usado nas sessões de quimioterapia a que Lugo é submetido desde agosto para combater um câncer linfático. O oncologista brasileiro Frederico Costa, que chegou no sábado a Assunção para examinar o presidente paraguaio, ordenou a transferência imediata para o Hospital Sírio-Libanês de São Paulo. O médico temia que uma eventual hemorragia interna provocasse a morte de Lugo, segundo Mirtha.

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