domingo, 3 de outubro de 2010

TSE mantém proibição à divulgação de pesquisa Datafolha no Paraná

O Tribunal Superior Eleitoral manteve na noite deste sábado a proibição à divulgação da pesquisa Datafolha de intenção de voto para o governo do Paraná. O ministro Aldir Passarinho, em decisão monocrática, indeferiu recurso do jornal Folha de S. Paulo de reconsideração em relação à decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Estado, sem análise do mérito, e negou seguimento da ação. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná havia acatado pedido da coligação do candidato do PSDB ao governo do Paraná, Beto Richa, pela impugnação de pesquisa eleitoral, porque não foram apresentados pelo Datafolha "dados relativos à ponderação dessa pesquisa para as variáveis grau de instrução e nível econômico". Para os ministros do Tribunal Superior Eleitoral, como ainda não houve conclusão do julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, não caberia ao Tribunal Superior decidir a respeito do tema. Na sexta-feira a ministra Cármen Lúcia, também do Tribunal Superior Eleitoral, já havia mantido a proibição a uma outra pesquisa do instituto ao negar seguimento de ação apresentada pelo jornal. A impugnação da pesquisa Datafolha é a sétima que aconteceu na reta final das eleições no Paraná. Foram impugnadas três pesquisas Datafolha, três do Ibope e uma do Vox Populi. Esse caso é a maior comprovação da manipulação das pesquisas no Brasil. Os institutos simplesmente apresentam os índices que lhes interessam, e aos candidatos que abraçaram. Como é possível que uma pesquisa não observe os graus de instrução dos pesquisados e o nível econômico dos mesmos? Isso é brincadeira. Permite, por exemplo, que numa determinada cidade, só sejam "pesquisados" os beneficiários do programa Fome Zero, com os resultados previsíveis. E os resultados das pesquisas, com toda certeza, influenciam o clima da eleição. Mas, nenhum partido de oposição, em todo o País (com exceção do Paraná), se interessou em contestar em institutos que realizam tudo clandestinamente. Não fizeram porque são vagabundos, não foi por falta de escritórios de advocacia trabalhando para eles.

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