segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Alckmin tenta retomar discussão sobre renegociação das dívidas dos Estados com União

O governador eleito por São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sinalizou nesta segunda-feira que tentará capitanear um movimento para retomar a discussão sobre a renegociação das dívidas dos Estados com a União. Após reunião com a equipe econômica do atual governo e a da transição, Alckmin afirmou que a questão precisa ser discutida "a médio prazo" e "sem estresse", mas que a revisão é necessária para que os débitos não se tornem "impagáveis". "Quando foi feita a renegociação, em 1997, a realidade econômica era diferente da de hoje. A dívida dos Estados está mais cara do que a dívida federal", disse Alckmin. O governador eleito citou como possibilidades para a redução dos valores a modificação da taxa de juros que corrige a dívida: "Grande parte da dívida do governo federal é referenciada pela taxa Selic, que está em 10,75%. Já os Estados trabalham com o IGPDI mais 6% de juros. O IGPDI é muito instável, deve passar de 9% esse ano. Então a correção da dívida vai dar mais de 15%", detalhou Alckmin. A dívida de São Paulo está hoje em R$ 160 bilhões. E os Estados pagam 13% da receita corrente líquida anual para saldar seus débitos com a União. "A dívida foi financiada em 30 anos, até 2027. Temos que ter uma curva que possibilite que ela seja paga e não impagável", afirmou.

Nenhum comentário: