quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Banco Central sabia de rombo no Panamericano desde agosto

A fraude contábil no balanço do Banco PanAmericano foi encontrada em uma fiscalização de rotina do Banco Central no final de agosto, que avaliava as vendas de carteiras de crédito feitas na crise. O Banco Central diz que as irregularidades não foram detectadas antes porque nunca havia sido feita uma fiscalização mais detalhada, em nenhum banco, sobre a contabilização de compra e venda de carteiras de crédito. Ainda segundo a instituição, foi somente por causa do aumento na quantidade desse tipo de operação, realizada no mercado de 2008 para cá, que uma supervisão mais detalhada passou a ser feita. O Banco Central descobriu que o banco continuava contabilizando créditos já vendidos para outras instituições e as receitas geradas por elas. O Grupo Silvio Santos, controlador do banco, e demais sócios foram convocados para reunião com a fiscalização do Banco Central em meados de setembro. Também em setembro, no dia 22, Silvio Santos foi recebido pelo presidente Lula. O presidente petista nega que tenha conversado sobre a fraude com Silvio Santos: "Não é assunto do presidente da República. O presidente não empresta dinheiro, não faz negócios com bancos e não fiscaliza bancos. Isso quem faz é o Banco Central". O banco estava com patrimônio negativo e precisava de R$ 2,5 bilhões. A Caixa Econômica Federal, que havia comprado 49% do controle do PanAmericano em 2009, disse que não se responsabilizaria.

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