sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Contas do governo geram crise entre equipes de transição no Paraná

A revelação de dados sobre as contas do governo do Paraná, feita pela equipe de transição do governador eleito Beto Richa (PSDB), desencadeou uma crise com a gestão do atual governador do Estado, Orlando Pessuti (PMDB). De acordo com a equipe de Richa, o rombo nas contas do governo deve alcançar R$ 1,5 bilhão em 2011, o que pode comprometer a prestação de serviços nas áreas de segurança, saúde e educação. A estimativa de saldo negativo é resultado, segundo a equipe de Beto Richa, de antecipações de receita e operações de renúncia fiscal adotadas pelo atual governo. A equipe de Richa também pôs sob suspeita a capacidade de pagamento do 13º salário do funcionalismo, além de apontar ameaças de descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, diante das decisões de gastos tomadas nos últimos meses de 2010. Segundo a equipe de Richa, as decisões do período atual "podem deixar o Estado sem recursos em caixa no Tesouro Público para cumprir compromissos a serem pagos já no começo de 2011". A divulgação das informações nesta semana levou o governo de Pessuti a negar o quadro negativo das contas. O deputado estadual Enio Verri (PT), ex-secretário estadual do Planejamento, afirmou que Richa quer criar "um factoide para depois o governo dizer que não pode atender tudo aquilo que prometeu na campanha porque não estava prevendo". O petista disse que as contas estão em dia e que Richa receberá o Poder Executivo em melhor estado do que Pessuti e Roberto Requião (PMDB), que ficou no cargo entre 2003 e março deste ano, até renunciar para disputar o Senado.

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