sábado, 13 de novembro de 2010

Dilma Rousseff quer tirar o PMDB do Ministério de Minas e Energia

A presidente eleita Dilma Rousseff quer aumentar o seu poder no setor elétrico. Ela está disposta a desalojar o PMDB da pasta, colocando o petista Maurício Tolmasquim, seu braço direito no setor elétrico e presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), como o ministro de Minas e Energia. Também cotada para a Casa Civil, Maria das Graças Foster é outra opção de Dilma para o ministério. O PMDB, que dá como certa a nomeação de Edison Lobão (PMDB-MA) para a pasta, teria de se contentar com cargos de segundo e terceiro escalão nas estatais do setor (Eletrobras, Furnas, Eletronorte e Chesf), hoje com o PT. Em contrapartida, cinco diretorias importantes das estatais poderiam passar para a cota do PMDB, com exceção da de Engenharia da Eletrobras, que seria mantida com o petista gaúcho Valter Cardeal. Dilma confidenciou a assessores que gostaria de pessoas de sua mais absoluta confiança para ter mais controle sobre temas polêmicos que terão que ser definidos no início do mandato. São decisões que envolvem interesses de quase todas as empresas do setor elétrico e que implicarão reflexos nas tarifas de energia. Dentre eles o encerramento, em 2012, dos contratos entre 18 geradoras e 35 distribuidoras elétricas, que atuam em praticamente todo o território nacional. Esses contratos foram feitos em leilão em 2005, a preços muito baixos, na faixa de R$ 57,00 o megawatt-hora (MWh). O valor é menor que os fixados para o próximo leilão de hidrelétricas, marcado para 17 de dezembro, com o MWh entre R$ 87,00 e R$ 131,00. O resultado do leilão terá impacto relevante sobre as tarifas de energia do país. O fim das concessões de empresas como Eletrobras, Cesp e Cemig (que vencem em 2015) e reajustes tarifários em 2011 também são temas sobre os quais Dilma que ter mais controle.

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