sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Diretor do STF afirna que não há delírio em reajuste de 56% ao Judiciário

O diretor-geral do Supremo Tribunal Federal (STF), Alcides Diniz, afirmou nesta quinta-feira que "não há delírio algum" na proposta de reajuste do Poder Judiciário da União em 56%. Segundo ele, a implantação deve impactar em R$ 6,7 bilhões os cofres públicos, beneficiando 107 mil servidores, incluindo aposentados, inativos e pensionistas. A afirmação rebate a crítica do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que afirmou esta semana que falar em um aumento de 50% com uma inflação de 5% é "meio delirante". Diniz também afirmou que entende a posição do ministro do Planejamento: "Ele é gestor, tem que ficar em posição de defesa. Ele está cumprindo seu dever e nós o nosso. Se algo não for feito, o Judiciário vai entrar em colapso". Alcides Diniz afirmou que a expectativa é que a negociação com a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) ocorra ainda este ano. Segundo o diretor-geral do Supremo, o aumento não é destinado à recomposição de perdas inflacionárias, e sim para manter em seus quadros os funcionários que preferem migrar para outras carreiras em busca de melhores salários: "Hoje, o Judiciário não consegue manter seus quadros de pessoal em função da defasagem da remuneração, que está muito aquém de outras carreiras públicas no Executivo, no Legislativo e no Tribunal de Contas da União". O último reajuste dos servidores do Judiciário, de cerca de 50%, foi concedido em 2006 e pago em seis parcelas semestrais.

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