quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Linhas de integração intermunicipais do metrô param de circular no Rio de Janeiro

Depois de trens e ônibus, o metrô é mais um serviço a ser prejudicado pela onda de ataques criminosos no Rio de Janeiro e Região Metropolitana. A concessionária Metrô Rio informou nesta quinta-feira que as linhas de ônibus de integração intermunicipais pararm de circular às 18 horas. Segundo a empresa, a suspensão dos serviços é motivada pela decisão de algumas companhias de recolherem os veículos que circulam por regiões afetadas pelos ataques. De acordo com a concessionária, a venda de bilhetes de integração para as quatro linhas que partem da estação Pavuna em direção aos municípios da Baixada Fluminense foram suspensas. Pelo menos 115 ônibus estão sem circular na região da comunidade Vila Cruzeiro, na Penha, no subúrbio do Rio de Janeiro desde a tarde desta quinta-feira. Foram pelo menos 18 os veículos incendiados nesta quinta-feira. Depois do último balanço da PM, que indicava 14 veículos queimados até as 11h30, mais três ônibus e uma van foram incendiados. Escolas, o comércio e até os hospitais na região também foram prejudicados com as operações da polícia na região. Sete escolas e uma creche foram fechadas nesta manhã. Das unidades de educação, apenas uma é estadual. No entanto, segundo a Secretaria estadual de Educação, outras três escolas estaduais estão fechadas por conta da onda de violência, em Manguinhos, Madureira e Bonsucesso. Só no município, são mais de 12 mil alunos sem aulas. A Secretaria municipal de Saúde suspendeu as cirurgias marcadas para esta quinta-feira nos hospitais Salgado Filho, no Méier, Souza Aguiar, no Centro, Miguel Couto, no Leblon, e Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. O objetivo foi deixar os centros cirúrgicos disponíveis para atender as vítimas do confronto entre policiais e criminosos. Nesta quinta-feira, as polícias Militar e Civil realizam uma megaoperação na comunidade para prender criminosos que, segundo serviços de inteligência, deixaram comunidades pacificadas pelas chamadas UPPs, as Unidades de Polícia Pacificadora. A ação da polícia é liderada pelo Bope, o Batalhão de Operações Especiais, que conta com pelo menos 150 homens e com o apoio da Marinha, que cedeu seis blindados. Uma hora depois do início da operação 200 policiais civis e mais três blindados da Marinha e quatro caveirões do Bope chegaram para dar reforço à ação. Policiais do Bope retiraram um caminhão que bloqueava uma das ruas da favela. Mais cedo, um policial e um jovem, de 21 anos, ficaram feridos na região. Desde domingo, o Rio de Janeiro vive uma onda de violência, com arrastões, veículos queimados e ataques a forças de segurança.

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